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Pandemia na Periferia: Ações de Enfrentamento já!

15 de maio de 2020 - Wanessa Medeiros

Durante uma pandemia como a que estamos vivendo, famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social são as mais atingidas. A escassez de infraestrutura, a falta de postos de trabalho e de salários que garantam boa alimentação e itens de higiene já são problemas enfrentados por essas pessoas mesmo em tempos de normalidade; em cenários de crise, essa situação fica pior.

De acordo com o mapeamento realizado* pela Organização da Sociedade Civil Vocação, em parceria com 57 OSCs e com as Supervisões de Assistência Social de Campo Limpo e M’Boi Mirim, 80,44% das famílias entrevistadas que moram na zona Sul da capital paulista declararam necessitar de renda emergencial

Para essas famílias, que vivem em comunidades da periferia, a proposta de isolamento social é impraticável: 58,11% das famílias moram em residências muito pequenas onde habitam mais de 4 pessoas por casa. Mais de 50% das mulheres afirmam estar preocupadas com os cuidados dos filhos em um ambiente de confinamento devido ao espaço físico diminuto de suas moradias; 36,18% delas reclamam da sobrecarga por ter que conciliar cuidados do lar, educação e acompanhamento das crianças e adolescentes.

 Outro ponto que dificulta a vida em comunidades da Zona Sul de São Paulo nesse momento em que a pandemia exige atenção ainda maior em relação aos hábitos de higiene  é a falta de saneamento básico: 69,11% das famílias afirma não ter como seguir cuidados simples, como lavar as mãos, porque não tem como comprar itens de higiene. E 4,56% nem têm fonte de água potável. 

A partir dos resultados apresentados, a Vocação adotou medidas assistenciais e emergenciais para a garantia de itens básicos para a sobrevivência das famílias por meio da campanha “Ação Solidária contra COVID-19” que irá auxiliar, com 9 mil cestas básicas e kits de higiene, famílias da Zona Sul da Cidade de São Paulo e regiões de Itapecerica da Serra e Embu Guaçu.

Para o enfrentamento da violência doméstica, a Organização definiu como prioridade assessorar e apoiar os gestores dos Serviços de Convivência das OSCs parceiras e suas equipes, no acompanhamento remoto das famílias e no treinamento de todos os interessados, para identificar, denunciar e prevenir a violência doméstica contra mulheres, crianças e adolescentes. Dentre essas medidas, estão a criação de cursos à distância com materiais instrucionais com dados e abordagens atualizadas, além do reforço de protocolos de trabalho, já previstos nas normas públicas. 

Em uma situação de pandemia é necessário trabalho coletivo. Neste momento é fundamental atuar em defesa da cidadania; compartilhar de forma transparente informações, mobilizar recursos e contar com a potencialidade participativa das comunidades, promovendo um trabalho em rede com outras Organizações da Sociedade Civil, parceiros e Governo. É preciso unir esforços para o enfrentamento da situação. Por isso precisamos da sua ajuda! 

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